Chega dezembro e, junto com ele, vem aquela vontade de olhar pra trás e fazer um balanço do que passou. É comum tentar lembrar tudo o que foi feito, tudo o que deu certo, o que ficou pela metade ou nem saiu do papel. E nessa hora, se não tomar cuidado, a reflexão pode virar cobrança. A cabeça começa a dizer que você não fez o suficiente, que podia ter feito mais, que devia ter sido diferente.
Mas revisar o ano não precisa ser assim. Dá pra olhar pro que passou com mais gentileza. Dá pra reconhecer o que foi possível dentro do que você tinha. Porque a verdade é que viver já exige muito. E se você chegou até aqui, enfrentando os altos e baixos da vida, já fez mais do que imagina.
Em vez de uma lista de metas que ficaram incompletas, que tal pensar em tudo o que você atravessou? Quantas coisas aprendeu, mesmo sem perceber? Quantos dias difíceis enfrentou, quantas vezes tentou de novo? Pode ter sido um ano silencioso, mas cheio de movimento interno. E isso também conta.
Revisar o ano com leveza é entender que não somos máquinas de produtividade. Somos pessoas que vivem, sentem, cansam, recomeçam. E que cada etapa tem seu tempo. Nem tudo precisa acontecer em doze meses. Alguns processos estão apenas começando. Outros ainda vão florescer mais pra frente.
E quando for pensar no próximo ano, vá com calma. Em vez de metas gigantes, pense em pequenos compromissos com você mesma. Pode ser cuidar melhor da sua rotina, aprender algo novo, dar mais pausas ao longo do dia, tentar não se comparar tanto. São essas escolhas pequenas que criam mudanças reais.
Você não precisa entrar em 2026 completamente pronta. Precisa apenas estar disposta a continuar. E isso, por si só, já é um ótimo começo.

